Por Audrey Jalles
A cultura norte-americana exerce cada vez mais influência
Alguns cuidados que devem ser tomados na escolha da agência
A mãe viu a filha optar pelo programa de au pair
O dia a dia com uma família americana cria grandes elos de amizades
A cultura norte-americana exerce cada vez mais influência sobre diversas outras culturas; os filmes que assistimos o jeito e o que vestimos e usamos, o que comemos, como vivemos e até nos comportamos. Essa influência é ainda maior sobre os jovens que recebem diariamente uma avalanche de informação através da fácil comunicação e “disseminação Pop”. É comum hoje para um jovem adulto de 18 anos (ou até menos), ir ao Shopping, comer um Big Mac e tomar uma Coca-Cola, assistir um filme Hollywoodiano, muitas vezes dirigindo um carro americano, e depois parar em uma loja com o nome em inglês ou até mesmo dar uma passadinha numa rede de varejo brasileira, porém com suas letras garrafais Americanas. Mas, o que fazer quando seu filho decide que quer mais? Ele ou ela quer viver toda essa experiência fora do país com a desculpa de aprender outra língua, o inglês, atualmente essencial para todo e qualquer tipo de profissão que escolher. Mesmo sendo apenas uma desculpa, seria ótimo, pois longe de casa, no exterior o jovem amadurece, aprende a ser responsável por muitas coisas que morando com os pais seria difícil de acontecer. Sem dúvida um programa de intercâmbio fora do país, seria o melhor e mais fácil caminho para que tudo isso acontecesse. No mercado, existem diversos programas de estudo e/ou trabalho e a procura por eles vem crescendo continuamente. O au pair é um dos mais tradicionais programas de intercâmbio cultural. Isso porque permite que o intercambista conviva diariamente com uma família estrangeira em suas rotinas, o que agiliza sua integração no país e na comunidade. Segundo dados da Intercultural houve um crescimento de 30% na procura pelo programa no fim do ano passado.
A cultura norte-americana exerce cada vez mais influência
Alguns cuidados que devem ser tomados na escolha da agência
A mãe viu a filha optar pelo programa de au pair
O dia a dia com uma família americana cria grandes elos de amizades
Contudo existem alguns cuidados que devem ser tomados na escolha da agência, da família, até da região onde o estudante irá morar para que tudo ocorra da melhor maneira possível e para que a família dos que vão, não fiquem no Brasil à mercê, se sentindo impotentes caso algo aconteça com seu ou sua filha fora do país. Margarida Freitas, agente de viagens há vinte anos, teve uma experiência com sua própria filha, Clarissa Freitas. “Como cada pessoa é de um jeito, o enfoque dado também apresenta muitas controversas, há quem goste e há quem deteste o intercâmbio Au Pair", diz Margarida. “Quando minha filha decidiu fazer um intercâmbio, embora eu fosse agente de viagens, na época já com quase 15 anos no ramo, não havia ainda vendido nenhum curso no exterior, ela foi minha primeira cliente” Foi então que ela partiu para análise das várias operadoras que vendiam este produto. “Fomos minha filha e eu em várias operadoras, assistimos palestras, analisamos e como estava no penúltimo ano de Faculdade decidimos que isto só aconteceria depois de concluído o ensino superior”. Foi então que ela, como agente de viagens, recebeu um convite da Cultural Care Au Pair, para fazer um treinamento em São Paulo de três dias. “O treinamento me abriu horizontes e minha filha pode ver como funcionava o programa, pois temos que ser sinceros com nossos clientes: nem tudo são flores”, ressalta Margarida. Após o treinamento, Margarida Freitas, se tornou representante em Aparecida, SP da própria Cultural Care, uma das agências credenciadas pelo governo americano a comercializar o programa de Au Pair em todo o mundo. “Como o programa oferece a possibilidade de troca de família, isto me aliviou, mas não deixa de ser preocupante afinal o filho morar em casa de estranhos sem a nossa proteção é complicado”, desabafa Margarida. “Minha filha deu sorte, mesmo mudando de família e largando o programa mais tarde, foi trabalhar com outras famílias como Nanny com um salário de US$ 500.00 semanais em Las Vegas”.
A cultura norte-americana exerce cada vez mais influência
Alguns cuidados que devem ser tomados na escolha da agência
A mãe viu a filha optar pelo programa de au pair
O dia a dia com uma família americana cria grandes elos de amizades
Outra mãe que viu a filha Renata Boueri optar pelo programa de au pair, foi Sandra Aoun, consultora Natura. “Me deu um grande aperto no coração, mas achei que seria uma ótima experiência de vida para minha filha conhecer outro país, outra cultura, enfim, outra realidade”, diz Sandra, que viu sua filha embarcar para os Estados Unidos em 2008 para ser au pair. Na época, ela diz que tomou o cuidado de se informar por todos os meios sobre a veracidade do programa “Au Pair” e chegou a conclusão, que aquele era definitivamente um programa confiável. “Felizmente não passamos por nenhuma situação que me deixasse preocupada”, relata a consultora. Para ela, o programa de au pair é um programa seríssimo, ótimo para o crescimento dos jovens. “Além disso, o programa dá todo o respaldo aqui no Brasil e no exterior, pois eles tinham reuniões regulares com coordenadoras locais nos Estados Unidos, que se informam sobre a satisfação das au pairs com as famílias e vice-versa”, explica Sandra. O programa de au pair, apesar de ser mais popular entre jovens do sexo feminino, também aceita au pairs do sexo masculino, foi o caso de Pedro Pereira, filho de Maria Helena Pereira, costureira da cidade de Guaratinguetá, SP. “Meu filho com 5 anos já falava que queria morar nos EUA e eu sempre gostei da ideia”, diz Maria Helena. “Meu filho, Pedro, fez tudo sozinho, não tivemos muita participação no processo, ficamos apenas esperando o contato de uma família”, conta Maria Helena, que tem seu filho morando nos EUA desde 2009, sendo 2 anos como au pair e atualmente como estudante. Para Margarida Freitas, agente de viagens, a aquisição de um seguro saúde completo é essencial. “Não ficar só com o básico que a Operadora já inclui no programa, com coberturas boas, pois procedimentos médicos nos Estados Unidos são caros. Deve também observar o nível de independência de seu filho, pois eu mesma tive uma cliente au pair que depois da semana de treinamento em Long Island, no momento do passeio em Nova Iorque, teve uma crise de desespero e foi ‘deportada’ na mesma hora”, conta Margarida. “Imagina o transtorno para a "Host Family" e a família aqui no Brasil também. Esta menina arrependeu-se muito, mas faltou maturidade”, diz.
A cultura norte-americana exerce cada vez mais influência
Alguns cuidados que devem ser tomados na escolha da agência
A mãe viu a filha optar pelo programa de au pair
O dia a dia com uma família americana cria grandes elos de amizades
“O Programa Au Pair é o melhor não só pelo custo-benefício, mas porque há uma vivência muito maior não só com a Língua Inglesa, mas com o dia a dia de uma família americana e a grande maioria cria grandes elos de amizades, retornando sempre à casa da família onde foi Au Pair”, completa. “Tive uma Au Pair que necessitava de uma cirurgia oftalmológica e mesmo depois de terminar seu tempo na casa da família onde trabalhou e retornado ao Brasil, esta família se dispôs a pagar sua cirurgia e ela voltou dos EUA para esse procedimento médico por conta de sua família anfitriã”, conta a agente de viagens. Para ela o programa de Intercâmbio Au Pair, garante mais sucesso que outros, que muitas vezes colocam o intercambista numa comunidade que fala a sua língua de origem, o que em sua visão só atrapalha. “Minha filha foi Au Pair , aperfeiçoou a Língua Inglesa e graças a este diferencial trabalha numa companhia aérea, premiada como a maior e melhor: A EMIRATES”, conta com orgulho da filha Clarissa Freitas, Margarida Freitas.