por Elisabeth Almeida
O tombamento da Serra da Mantiqueira têm gerado polêmicas na região do Vale do Paraíba por dividir pontos de vista entre ONGs e moradores, principalmente da cidade de Piquete. Para os estudiosos e ambientalistas, o ato de reconhecer o valor cultural da serra irá contribuir com a população e ajudar na preservação de florestas nativas, já quem vive em bairros rurais teme que a área seja desapropriada.
O processo entrou em pauta em uma reunião realizada dia 7 de abril, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). O pedido de tombamento visa proteger as áreas altas da floresta, preservando a água e o solo dos morros.
O processo entrou em pauta em uma reunião realizada dia 7 de abril, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). O pedido de tombamento visa proteger as áreas altas da floresta, preservando a água e o solo dos morros.
A Serra da Mantiqueira, além de ser um dos principais pontos turísticos de montanhas da região e do país, foi apontada em novembro do ano passado, num estudo internacional, publicado na revista Science, como um dos 78 locais (quatro deles no Brasil) “insubstituíveis” do mundo, de grande importância para a preservação da biodiversidade de mamíferos, aves e anfíbios e por abrigar espécies endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Os outros três pontos no Brasil são: a Serra do Mar, também na Mata Atlântica do Sudeste; e o Vale de Javari e o Alto Rio Negro, na Amazônia.