Para a geóloga Alexandra Andrade, o principal benefício do tombamento é alavancar a turismo rural na região. “A idéia surgiu da necessidade de se proteger um patrimônio nacional, rico em biodiversidade e que preserva também um pouco da nossa história, guardando registros dos povos que passaram aqui, como os indígenas”, explica Alexandra. Os 45 mil hectares a serem preservados com o tombamento estão na parte paulista da serra e passam por seis municípios: Pindamonhangaba, Lavrinhas, Cruzeiro, Queluz, Guaratinguetá e Piquete.
“Mais de 90% da área proposta para o tombamento são florestas e campos de altitude. Todos os bairros rurais, comunidades e sedes de fazenda estão fora do limite da área proposta” diz Alexandra, que acredita ainda que as comunidades vão se beneficiar com o reconhecimento cultural e histórico. O biólogo Tiaraju de Mesquita Fialho ressalta a importância da preservação da Serra da Mantiqueira em período de estiagem. “A chuva é uma fonte de água doce de extrema importância, principalmente porque a água doce é um recurso finito e vulnerável.