Completando 60 anos em 2014, FATEA foi fundada pela Ir. Olga de Sá
Por Laura Galvão
“Quando padre Leôncio viu que eram duas irmãs, ele falou: ‘só isso?’. E a Madre geral falou: ‘é! Só tenho essas. Não tenho outras para esse tipo de ensino, nós não temos escolas de ensino superior’ ”, recorda irmã Olga de Sá ao falar sobre sua vinda à Lorena.
Irmã Olga havia professado seus votos perpétuos um ano antes, quando em 1954, foi enviada para Lorena. Na época, já era formada em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Letras pela Universidade de São Paulo. A Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena – hoje UNISAL – havia recém aberto os cursos de Filosofia e Pedagogia para seminaristas.
Como ali funcionava o Seminário, não se aceitava mulheres na universidade. A parcela feminina da região começou então pressionar os padres a permitirem sua entrada no Ensino Superior. Aí estava a missão de Olga e Maria Amélia: fundar a seção feminina da Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena.
O prédio da Escola Estadual Arnolfo de Azevedo foi o primeiro a abrigar o polo feminino da faculdade, tendo os dormitórios no casarão Conde Moreira Lima, de 1954 a 1955.
“Por isso que neste ano [2014] o Instituto Santa Teresa faz 60 anos, porque ele começou em 1954. E nós ficamos ali e as coisas foram se expandindo, se expandindo... A um certo momento, os salesianos ficaram com o Colégio São Joaquim vazio, porque não tinha mais internato. Então eles levaram os cursos pra lá”, conta.
Após essa fase, a faculdade se transferiu para a Avenida Peixoto de Castro, onde até hoje é localizada. Em 28 de setembro de 1957, foi colocada a pedra fundamental, por Dom Renato Ziggiotti, reitor-mor dos Salesianos.
Um acordo entre Pe. Carlos Leôncio da Silva e Irmã Olga levou à fundação das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, que passaram a ser dirigidas pela Entidade Mantenedora das Filhas de Maria Auxiliadora, em 1968.
O primeiro curso a ser oferecido foi o de Economia Doméstica. Depois vieram o de Educação Artística e Biblioteconomia. O curso de Letras, antes ministrado na faculdade, foi levado pelos padres para Unisal. Mas, em 1988, por um acordo, foi transferido de volta à FATEA, trâmite de pessoal empenho de Olga. Outro curso idealizado por ela, foi o de Psicologia. Todo o pedido ao Ministério da Educação havia sido feito pela faculdade da Peixoto de Castro, mas quando foi aceito, foi transferido para Unisal, onde funciona até hoje.
Foi um período de muita luta e pulso firme de Olga, que era a diretora. Então, houve-se a tentativa de transformar a faculdade em Centro Universitário, para isso, a FATEA passou a ser mantida pela União Social Camiliana. Foram quatro anos. Mas a mantença voltou às Filhas de Maria Auxiliadora.
“Eu assumo, mas eu quero novos cursos.” Assim irmã Olga respondeu quando foi solicitada para reassumir a direção geral da faculdade. Poderia ter dito não. Mas ela sempre foi uma entusiasta do Ensino Superior. Imediatamente iniciou-se o processo de petição de novos cursos. Foi nesse mesmo período que Olga de Sá iniciou seus estudos sobre Clarice Lispector, sobre quem possui teses de mestrado e doutorado. Ainda assim, seu manteve o vigor em lutar pela faculdade.
Irmã Olga sempre gosta de citar os de Comunicação Social. Uma vitória! Traz habilitações em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e Televisão. Além disso, a faculdade possui uma gráfica, uma rádio, a Inova FM, tem um periódico científico, a Revista Ângulo, e estreia ainda esse ano a TV FATEA. Todo esse trabalho e esforços de comunicação remetem às raízes de sua congregação.
Quando indagada se sua relação pessoal e a da FATEA com a comunicação tem algo a ver com Dom Bosco, ela responde prontamente: “Ah tem! Tem, tem. Porque Dom Bosco, na época, fez uma gráfica, uma imprensa. Fez um livro de devoção para o jovem, O jovem instruído. Mas ele fez isso porque era isso que existia de mais avançado, a imprensa. Agora, em nossa época, se desenvolveram outras mídias e é por isso que a gente criou tudo isso na área da Comunicação Social. Temos também a gráfica, que já foi ameaçada de fechar não sei quantas vezes, mas nós lutamos. [...] Então a gente tem essa vocação para as mídias”.
Hoje com 13 cursos de graduação, 18 de pós-graduação, entre especializações e MBA, e diversos projetos de extensão, pesquisa acadêmica e atendimento à comunidade, a faculdade vai caminhando rumo a ser um Centro Universitário.
“E é uma guerra, né? O governo faz uma guerra contra as faculdades particulares. Ele dificulta tudo o que ele pode. Mas, agora nós estamos na reta final. Faz dez anos que nós estamos lutando pra conseguir o Centro, estamos na reta final. Que bom! – fala com um grande sorriso no rosto, em tom de comemoração”, finaliza.
Por Laura Galvão
“Quando padre Leôncio viu que eram duas irmãs, ele falou: ‘só isso?’. E a Madre geral falou: ‘é! Só tenho essas. Não tenho outras para esse tipo de ensino, nós não temos escolas de ensino superior’ ”, recorda irmã Olga de Sá ao falar sobre sua vinda à Lorena.
Irmã Olga havia professado seus votos perpétuos um ano antes, quando em 1954, foi enviada para Lorena. Na época, já era formada em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Letras pela Universidade de São Paulo. A Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena – hoje UNISAL – havia recém aberto os cursos de Filosofia e Pedagogia para seminaristas.
Como ali funcionava o Seminário, não se aceitava mulheres na universidade. A parcela feminina da região começou então pressionar os padres a permitirem sua entrada no Ensino Superior. Aí estava a missão de Olga e Maria Amélia: fundar a seção feminina da Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena.
O prédio da Escola Estadual Arnolfo de Azevedo foi o primeiro a abrigar o polo feminino da faculdade, tendo os dormitórios no casarão Conde Moreira Lima, de 1954 a 1955.
“Por isso que neste ano [2014] o Instituto Santa Teresa faz 60 anos, porque ele começou em 1954. E nós ficamos ali e as coisas foram se expandindo, se expandindo... A um certo momento, os salesianos ficaram com o Colégio São Joaquim vazio, porque não tinha mais internato. Então eles levaram os cursos pra lá”, conta.
Após essa fase, a faculdade se transferiu para a Avenida Peixoto de Castro, onde até hoje é localizada. Em 28 de setembro de 1957, foi colocada a pedra fundamental, por Dom Renato Ziggiotti, reitor-mor dos Salesianos.
Um acordo entre Pe. Carlos Leôncio da Silva e Irmã Olga levou à fundação das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, que passaram a ser dirigidas pela Entidade Mantenedora das Filhas de Maria Auxiliadora, em 1968.
O primeiro curso a ser oferecido foi o de Economia Doméstica. Depois vieram o de Educação Artística e Biblioteconomia. O curso de Letras, antes ministrado na faculdade, foi levado pelos padres para Unisal. Mas, em 1988, por um acordo, foi transferido de volta à FATEA, trâmite de pessoal empenho de Olga. Outro curso idealizado por ela, foi o de Psicologia. Todo o pedido ao Ministério da Educação havia sido feito pela faculdade da Peixoto de Castro, mas quando foi aceito, foi transferido para Unisal, onde funciona até hoje.
Foi um período de muita luta e pulso firme de Olga, que era a diretora. Então, houve-se a tentativa de transformar a faculdade em Centro Universitário, para isso, a FATEA passou a ser mantida pela União Social Camiliana. Foram quatro anos. Mas a mantença voltou às Filhas de Maria Auxiliadora.
“Eu assumo, mas eu quero novos cursos.” Assim irmã Olga respondeu quando foi solicitada para reassumir a direção geral da faculdade. Poderia ter dito não. Mas ela sempre foi uma entusiasta do Ensino Superior. Imediatamente iniciou-se o processo de petição de novos cursos. Foi nesse mesmo período que Olga de Sá iniciou seus estudos sobre Clarice Lispector, sobre quem possui teses de mestrado e doutorado. Ainda assim, seu manteve o vigor em lutar pela faculdade.
Irmã Olga sempre gosta de citar os de Comunicação Social. Uma vitória! Traz habilitações em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e Televisão. Além disso, a faculdade possui uma gráfica, uma rádio, a Inova FM, tem um periódico científico, a Revista Ângulo, e estreia ainda esse ano a TV FATEA. Todo esse trabalho e esforços de comunicação remetem às raízes de sua congregação.
Quando indagada se sua relação pessoal e a da FATEA com a comunicação tem algo a ver com Dom Bosco, ela responde prontamente: “Ah tem! Tem, tem. Porque Dom Bosco, na época, fez uma gráfica, uma imprensa. Fez um livro de devoção para o jovem, O jovem instruído. Mas ele fez isso porque era isso que existia de mais avançado, a imprensa. Agora, em nossa época, se desenvolveram outras mídias e é por isso que a gente criou tudo isso na área da Comunicação Social. Temos também a gráfica, que já foi ameaçada de fechar não sei quantas vezes, mas nós lutamos. [...] Então a gente tem essa vocação para as mídias”.
Hoje com 13 cursos de graduação, 18 de pós-graduação, entre especializações e MBA, e diversos projetos de extensão, pesquisa acadêmica e atendimento à comunidade, a faculdade vai caminhando rumo a ser um Centro Universitário.
“E é uma guerra, né? O governo faz uma guerra contra as faculdades particulares. Ele dificulta tudo o que ele pode. Mas, agora nós estamos na reta final. Faz dez anos que nós estamos lutando pra conseguir o Centro, estamos na reta final. Que bom! – fala com um grande sorriso no rosto, em tom de comemoração”, finaliza.
- Filhas de Maria Auxiliadora estiveram presentes desde 1954 na FATEA